O grupo

 

Segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem no Brasil cerca de 13,3 milhões de pessoas (6,96% da população) que apresenta algum tipo de deficiência motora.
Escadas, meio-fio, espaços reduzidos, objetos posicionados a uma altura fora do alcance, representam obstáculos comuns ao cadeirante.


Figura 1 - Tipos de deficiência motora no Brasil (IBGE, 2010).

Acessibilidade e mobilidade são questões de grande importância no ambiente urbano, por afetar diretamente a qualidade de vida dos cidadãos. Diversas leis, decretos e instruções normativas de âmbito nacional e internacional regulamentam e defendem o direito a acessibilidade e a mobilidade, porém na realidade são poucos os estabelecimentos e vias adaptados.

A lei número 10.098, de 19 de dezembro de 2000, a qual estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. O Art. 3º diz “O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.”

Mobilidade e acessibilidade são termos distintos: Mobilidade é a facilidade de deslocamento através de veículos, vias, e toda a infra-estrutura que possibilitam o direito de ir e vir. Acessibilidade compreende a facilidade em alcançar os destinos, considerando distância, tempo e custo. Abrange pessoas com e sem limitações físicas e busca um ambiente sem barreiras físicas, naturais ou de comunicação, nos transportes, espaços, edificações e equipamentos, garantindo condições adequadas e seguras de acesso autônomo.

Diante de tais demandas, a plena acessibilidade à todos, e assim respeitando os princípios da diversidade humana devem ser garantidos, ou seja, apresenta um alicerce de inclusão social que é obtido por meio da inserção das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida aos espaços edificados. O presente grupo de pesquisas tem como objetivo o desenvolvimento de equipamentos que possam contribuir para a acessibilidade e mobilidade dos indivíduos, utilizando para tanto, a tecnologia emergente da robótica.

 

Projetos

Alguns dos projetos em desenvolvimento por este grupo de pesquisas são:


  • Projeto e construção de uma cadeira de rodas onidirecional: permitem uma maior mobilidade (em todas as direções e em qualquer orientação). Isto é especialmente útil em espaços reduzidos.

Fig. 2 - cadeira de rodas onidirecionais.

  • Projeto e construção de uma cadeira de rodas motorizada para subir/descer escadas: subir ou descer escadas, meio-fio e outros tipos de obtaculos representam um desafio no cotidiano de um cadeirante.
 

  • Projeto e construção de uma cadeira de rodas com altura variável: é comum encontrar guichês em bancos ou repartições públicas projetados para atendimento de pessoas de pé, mas que representam uma barreira para os cadeirantes. Outro caso comum é o de objetos ou mercadorias colocados em estantes fora do alcance do cadeirante.

 

  • Desenvolvimento de exoesqueletos robóticos para reabilitação e fisioterapia: Desenvolvimento de dispositivos robóticos em forma de exoesqueleto para a reabilitação de lesões que causaram a perda de movimentos nos membros superiores ou inferiores.